"Powell Farced Circus” - o nome é apresentado como reapresentação paródica do “Powell Circus” de Simenon, acrescido do termo Farced, que pode ser interpretado como uma “variação” do termo farce do inglês; consta que, por vezes, se ouve a designação da FACED – Faculdade de Educação como FARCED; a letra R acrescida a sigla faz as vezes fonética do termo farsa em inglês, a designação teria uma conotação pejorativa, legando à produção da FACED ao âmbito da farsa. “Powell Farced Circus”, então, faz as vezes fonética do que seria: Circo poderoso da farsa, ou algo do gênero. Com isso nos interessa associar à “brincadeira com conotação pejorativa” ao texto “As potências da falso” em Deleuze. Para Deleuze “É uma potência do falso que substitui e destrona a forma do verdadeiro, pois ela afirma a simultaneidade de presentes incompossíveis, ou a coexistência de passados não-necessariamente verdadeiros. A descrição cristalina atingia já a indiscernibilidade do real e do imaginário, mas a narração falsificante que lhe corresponde vai um pouco adiante e coloca no presente diferenças inexplicáveis; no passado, alternativas indecidíveis entre o verdadeiro e o falso. O homem verídico morre, todo modelo de verdade se desmorona, em favor da nova narração”.(2005: 161) Este tema também estaria associado a idéia de falso e verdadeiro como proposição moral em Nietzsche (ver: Sobre verdade e mentira no sentido extra moral) E, ainda, para Deleuze: “O conceito de verdade qualifica o mundo como verídico, este mundo supondo um homem que é como seu centro. Entretanto, é claro que a vida quer o engano, que visa iludir, seduzir, cegar. "Querer o verdadeiro é querer antes de mais nada depreciar esse poder do falso, ao fazer da vida um erro, uma aparência” (DELEUZE, 2001: 32)
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